Não é todo dia que podemos falar sobre verdadeiras obras-primas — jogos que não apenas marcaram época, mas definiram padrões que influenciam a indústria até hoje. Felizmente, hoje é um desses dias.

 Não é todo dia que podemos falar sobre verdadeiras obras-primas — jogos que não apenas marcaram época, mas definiram padrões que influenciam a indústria até hoje. Felizmente, hoje é um desses dias.

Apesar disso, há um detalhe curioso (e frustrante) envolvendo essa franquia: a Valve simplesmente não sabe contar até três! Mas vocês pediram, votaram, e aqui está o nosso ranking do Pior ao Melhor da lendária série Half-Life. Fiquem atentos aos critérios:

• As notas são baseadas no agregador Metacritic.

• Caso o jogo tenha sido lançado simultaneamente para mais de uma plataforma, usamos a média aritmética das notas de cada versão.

• Apenas os títulos principais foram considerados — ou seja, nada de expansões ou spin-offs.

4) Half-Life 2: Episode One (2006) — Nota 87 (PC, Xbox 360, PS3)

Dando continuidade direta aos eventos de Half-Life 2, este episódio acompanha Gordon Freeman e Alyx Vance tentando escapar da devastada Cidade 17 antes que uma explosão cataclísmica ocorra. A narrativa se aprofunda na relação entre os dois personagens, com participações marcantes de figuras como Eli Vance, Dog e o enigmático G-Man.

A jogabilidade mantém a fórmula dos anteriores: um FPS com desafios de combate e puzzles baseados em física. Uma das mudanças mais notáveis é a substituição do pé de cabra inicial pela Gravity Gun, além de uma inteligência artificial aprimorada para Alyx, que colabora ativamente nas batalhas.

O game foi bem recebido, especialmente por seu ritmo acelerado, roteiro cativante, diálogos afiados e atuações dignas de cinema. Contudo, a curta duração — cerca de cinco horas — e a ausência de conteúdo multiplayer foram criticadas. Nota final: 87.

3) Half-Life 2: Episode Two (2007) — Nota 90 (PC, Xbox 360, PS3)

Em terceiro lugar, temos Episode Two, lançado um ano depois. Vale lembrar que esse episódio faria parte de uma trilogia, mas como já mencionamos... a Valve e o número três não se dão bem.

A história continua com Gordon e Alyx em fuga pelas montanhas, tentando alcançar uma base da resistência. Apesar de manter a estrutura básica do episódio anterior, o jogo aposta em ambientes mais abertos, o uso de veículos — incluindo um carro fortemente modificado — e novos inimigos, como os temíveis Hunters.

A jogabilidade segue sólida, com a Gravity Gun ainda sendo uma peça central tanto para os combates quanto para a resolução de puzzles. O título foi elogiado por suas melhorias visuais, cenários diversos, narrativa envolvente e level design criativo. As críticas ficaram por conta da curta duração, pouco superior a seis horas. Nota final: 90.

2) Half-Life 2 (2004) — Nota 93 (PC, Xbox)

Na segunda colocação (ou primeira, dependendo do ponto de vista), está Half-Life 2, um marco absoluto nos jogos de tiro em primeira pessoa. A história se passa cerca de 20 anos após os eventos do original, com Gordon Freeman chegando à opressora Cidade 17, agora sob domínio da facção multidimensional Combine.

O grande trunfo do jogo foi o motor gráfico Source, que proporcionou visuais de ponta e uma física realista — revolucionária para a época. Essa física é integrada de forma brilhante aos puzzles e combates. Um dos diferenciais do título é a imersão: não há cutscenes tradicionais, e o jogador controla Freeman do começo ao fim, o que contribui para uma experiência ininterrupta.

Outro destaque é a icônica Gravity Gun, introduzida aqui, que se tornaria um dos símbolos da franquia. Gabe Newell, presidente da Valve, deixou claro desde o início que o foco era redefinir os FPS — e conseguiu. O jogo foi aclamado mundialmente, conquistando 39 prêmios de Jogo do Ano. Nota final: 93.